Cassação de Cláudio Castro pode redefinir o tabuleiro político fluminense

Cassação de Cláudio Castro pode redefinir o tabuleiro político fluminense

Cassação de Cláudio Castro pode redefinir o tabuleiro político fluminense

O julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pode cassar o mandato do governador Cláudio Castro (PL) tem potencial para reconfigurar o cenário político do Rio de Janeiro às vésperas das articulações para 2026.

Castro e outros 12 réus. Entre eles o presidente da Assembleia Legislativa, Rodrigo Bacellar (União Brasil), e o ex-vice-governador Thiago Pampolha (MDB), respondem por abuso de poder político e econômico.

O caso envolve a criação de milhares de cargos temporários no Ceperj e na Uerj, que, segundo o Ministério Público Eleitoral, teriam sido usados para favorecer aliados durante o período eleitoral, com a contratação de cabos eleitorais e distribuição de recursos públicos sem transparência.

Em maio de 2024, o TRE-RJ absolveu os réus por 4 votos a 3, sob o argumento de que o caso não seria de competência da Justiça Eleitoral. O MPE recorreu, e o processo passou a tramitar no TSE, sob relatoria da ministra Isabel Gallotti, que deve votar pela cassação de Castro.

O colegiado é composto ainda por Cármen Lúcia (presidente), André Mendonça, Kassio Nunes Marques, Antonio Carlos Ferreira, Floriano de Azevedo Marques e Estela Aranha.

Na semana passada, Castro declarou ter “total confiança na Justiça Eleitoral” e afirmou que “todas as ações do governo ocorreram dentro da legalidade”.

Se o TSE confirmar a cassação, o cargo passará, pela linha sucessória, ao presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar. Mas, como ele também é réu, pode ser igualmente impedido.

Nesse caso, o comando do Estado seria assumido interinamente pelo presidente do Tribunal de Justiça do Rio, Ricardo Rodrigues Cardozo, até a convocação de novas eleições.

A decisão é aguardada com atenção por aliados e adversários. O desfecho poderá abrir espaço para uma disputa antecipada pelo governo fluminense, com nomes como Prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD) entre outros nomes, surgindo como possíveis beneficiários de um eventual vácuo político no Palácio Guanabara.

 

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