TSE marca julgamento que pode levar à cassação e à inelegibilidade de Cláudio Castro e Rodrigo Bacellar

TSE marca julgamento que pode levar à cassação e à inelegibilidade de Cláudio Castro e Rodrigo Bacellar

Processo trata de alegações de uso de cargos e recursos públicos para favorecer campanha de 2022 no Rio de Janeiro

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) marcou para a terça-feira, 4 de novembro de 2025, o julgamento de um recurso que pode resultar na cassação do mandato e inelegibilidade por oito anos do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL).

A ação, movida pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), questiona decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), que absolveu Castro e outros investigados em maio de 2024, por falta de provas.

De acordo com o recurso, Castro e o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (União), teriam obtido vantagem eleitoral indevida ao utilizar cargos e recursos públicos para beneficiar a campanha à reeleição, em 2022.

O processo menciona contratações realizadas pela Fundação Ceperj e pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) sem respaldo legal, além de movimentações financeiras e descentralizações de recursos durante o período eleitoral.

O julgamento será relatado pela ministra Isabel Gallotti e contará com a participação dos ministros Cármen Lúcia (presidente do TSE), André Mendonça, Kassio Nunes Marques, Floriano de Azevedo Marques, Antonio Carlos Ferreira e Estela Aranha.

Em nota, Cláudio Castro negou qualquer irregularidade, afirmou que todas as ações do governo seguiram a legalidade e declarou estar “confiante na Justiça”, destacando que já havia sido absolvido pelo TRE-RJ.

O pedido de cassação se estende à chapa de Castro, incluindo o vice-governador Thiago Pampolha (MDB). No entanto, para Pampolha, não foi solicitada a inelegibilidade por falta de provas.

Também é alvo do processo o deputado estadual Rodrigo Bacellar, que poderá ser declarado inelegível caso o TSE entenda que houve abuso de poder político e econômico.

Se condenado, Cláudio Castro pode perder o cargo, ficar inelegível por oito anos e abrir caminho para uma nova eleição no estado. A decisão promete impactar diretamente o cenário político fluminense e as articulações para as eleições de 2026.

 

www.sjb24h.com.br

sjb24h